Como funcionam os detectores de tombos de bicicleta?
- Criado - 02/07/2019 15:13
- Atualizado - 04/11/2019 2019 11:15
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Há algum tempo, a empresa norte-americano Specialized apresentou o ANGi, um sistema que promete mais segurança para os ciclistas. Para isso, ela aposta em um sensor capaz de detectar tombos de bicicleta e um aplicativo que avisa uma lista de contatos caso o ciclista esteja incapacitado.
Os sensores de impacto não são uma tecnologia extremamente nova. Alguns modelos utilizados em capacetes de jogadores de futebol americano, por exemplo, são comercializados há muitos anos. Normalmente, este tipo de equipamento utiliza acelerômetros para detectar impactos que podem levar o atleta a sofrer uma concussão.
Porém, sensores baseados em acelerômetros possuem algumas limitações, principalmente porque eles só detectam impactos lineares. Com isso, até 11 são necessários para que uma leitura eficiente seja realizada. Além disso, eles só são capazes de detectar a força G e não impactos rotacionais comuns em tombos de bike. Outro grande desafio para este tipo de equipamento é a interpretação da informação gerada pelos sensores, já que só exames avançados são capazes de detectar uma lesão cerebral e qual é sua extensão.
Porém, alguns sensores de impacto de capacete como o ANGi da Specialized desempenham uma função diferente, apostando em tecnologias que detectam as acelerações decorrentes de um tombo para ajudar o ciclista em situações de emergência.
Diferente dos modelos que servem para avisar o treinador que algum atleta pode ter sofrido uma concussão, o ANGi simplesmente é capaz de “sentir” um tombo, disparando um alarme com temporizador que avisa uma lista de contatos pré-estabelecidos depois de uma contagem regressiva. Outros modelos como o Tilt fazem um trabalho semelhante, mas neste caso o sensor vai preso ao cubo da bike e os avisos são feitos para os ciclistas que estão na mesma área, utilizando o mesmo equipamento.
Além disso, alguns computadores de bicicleta da Garmin possuem tecnologia semelhante, fazendo uso de sensores instalados no computador e os sensores de velocidade e cadência para detectar possíveis incidentes. O sistema utiliza um aplicativo de celular para enviar mensagens para contatos pré-estabelecidos. Porém, tanto o Garmin como o Tilt ficam na bike, e a detecção de um acidente com o ciclista fica menos precisa – você pode cair de um barranco e sua bike ficar parada ao lado dele.
Não pedale sozinho nunca
Uma das maiores regras do ciclismo, principalmente do mountain biking, é nunca pedalar sozinho. Afinal, em caso de acidente, você pode acabar desacordado ou machucado em um lugar remoto. Tendo isso em mente e levando em consideração que muitas vezes andar sozinho é a única opção, equipamentos como o ANGi podem ser extremamente úteis.
A sigla ANGi significa Angular and G-Force indicator, ou Indicador de Forças Angulares e Forças G. Como o nome diz, ele é capaz de detectar todos os tipos de acelerações, apostando em uma combinação de acelerômetros e giroscópio para detectar impactos angulares e lineares. Além disso, o fabricante norte-americano desenvolveu um aplicativo de celular capaz de desempenhar diferentes funções.
Como o ANGi funciona?
O funcionamento do ANGI é bem simples. O primeiro passo é instalar o sensor no capacete – isso caso seu capacete não seja um dos modelos da Specialized que já vem com o sensor embutido. Depois, basta parear o ANGi com um smartphone equipado com o Specialized Ride App com assinatura premium gratuita vitalícia – a assinatura vale na compra de qualquer capacete Specialized com ANGi ou na compra avulsa de um sensor ANGi.
Durante o seu pedal o sensor ANGi detectará as forças comumente associadas com um impacto. Se elas forem identificadas, o sensor conectará ao Ride App no seu celular, que soará um alarme e iniciará uma contagem regressiva. Se você estiver bem, basta cancelar a contagem e continuar pedalando. Se você estiver machucado e não conseguir cancelar a contagem, o Ride App irá enviar um alerta de texto para seus contatos de emergência.
Além de notificar seus contatos de emergência, o ANGi e o Ride App enviarão sua localização, através de coordenadas de GPS, para todos os contatos que você salvou no aplicativo. O ANGi também permite compartilhar seus planos antes de sair para um pedal. Você também pode escolher dar aos seus contatos um link para rastreamento ao vivo para que eles possam te acompanhar em tempo real.
Além disso, o APP ainda possui a função de enviar um sinal de emergência mesmo que o sensor não tenha detectado nenhum tombo. Esta função não possui contagem regressiva e seus contatos serão acionados assim que você acionar o botão.
Atenção – O ANGi se comunica através de um provedor de telefonia e necessita de um sinal em todo o tempo para sua funcionalidade completa.
O aplicativo ainda permite que você defina seu tempo estimado de pedal antes de sair. Tudo o que você precisa é um sinal ativo de dados quando iniciar sua sessão. Se você não tiver completado o seu pedal dentro daquele tempo, o ANGi enviará uma notificação aos seus contatos com sua última localização salva. Isso acontecerá independente de você ter cobertura ou não.
Como o ANGi pode ser comprado?
-Sensor Standalone compatível com qualquer capacete
-Capacetes Specialized com sensores ANGi integrados
-Link para download do ANGi no Android
-Link para download do ANGI no IOS
Mais informações no site da Specialized.
Mais informações no site da Tilt.
Mais informações no site da Garmin.
<h1>Bom Artigo!</h1>